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sábado, 9 de julho de 2011

Blow-Up - Depois Daquele Beijo


Clássicos do Cinema - 1966

"Blow-up - Depois Daquele Beijo" (Blow Up, 1966), do diretor italiano Michelangelo Antonioni é uma adaptação do conto "As Babas del Diablo" (1959), do escritor argentino Julio Cortázar (que aparece no filme, como mendigo, em uma série de fotos que farão parte de um livro). No filme, o fotografo Thomas (seu nome não aparece no filme, apenas no roteiro) é um profissional renomado. Fotografa moda e prepara um livro de imagens sobre sua cidade, a Londres dos anos 60 do século XX. Certo dia, Thomas fotografa uma jovem num parque, ela está abraçada com um homem mais velho. Ela não gosta da atitude de Thomas, segue o fotografo até sua casa e oferece seu corpo em troca das fotos. Thomas lhe dá um cartucho vazio. Intrigado, ele amplia as imagens e percebe angústia no rosto dela durante o abraço no parque. Com mais uma ampliação, descobre alguém escondido nos arbustos com uma pistola. Acredita que conseguiu evitar um assassinato. Volta ao parque e descobre um cadáver, mas percebe que se esqueceu de levar sua câmera fotográfica, o impedindo de registrar o fato. No dia seguinte, volta ao local e descobre que o cadáver havia desaparecido. O filme termina numa cena famosa em que Thomas devolve uma bola de tênis imaginária à um grupo de jogadores verdadeiros. Depois disso o próprio Thomas desaparece, deixando ao espectador apenas a imagem do parque. Antonioni se fascinava com o fato de Cortazar haver empregado a ampliação fotográfica (blow-up, em tradução livre significa isso: "ampliação fotográfica")para averiguar a realidade. Estes os elementos do conto que Antonioni utiliza em seu filme: 1] descobrir através da fotografia; 2] a ilusão de poder evitar um crime e; 3] o impacto psicológico de dar-se conta de suposições errôneas. No meio de sua investigação, Thomas se "entretem" com sexo, drogas e compras compulsivas. Para muito além da aparência de felicidade e realização do fotógrafo célebre e rico (tem um Rolls Royce), com belas modelos a seus pés (sexualmente), a realidade é vazia, tediosa. Nada disso resolve. Todos os personagens, Thomas apenas é o mais expressivo deles, não conseguem enfrentar os problemas, suas vidas são desconversas, incapacidade de ouvir os outros e uma constante procura de ersatz, substitutivos da realidade entediante via, inter alia, drogas e sexo, pois são todos prisioneiros de convenções e regras sem sentido. Thomas não é nenhum herói hollywoodiano que descobre uma trama e a investiga até o fim por um senso de justiça. Nem sequer investiga até o fim. Investiga por que este ato é uma fuga temporária da rotina que sabe temporária, mas é uma sensação nova, lhe traz um breve senso de vida. Entretanto, tudo o que se vê é que nada, nem a tríade sexo, drogas e rock'n'roll, tão comuns na "swinging London" dos anos 60, modelos de rebeldia e contestação de uma época são suficientes para livrar os personagens da prisão do social. A propós: David Hemmings perfeito!

RMVB
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