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domingo, 17 de abril de 2011

The Promise


Muito difícil encontrar um meio termo para Israel / Palestina sem demonizar ninguém. Esta minissérie procurou até certo ponto fazer isso, mas desde a sua estréia vem sendo bombardeada por judeus de todo o mundo, que a boicotaram. Claro, a Israel só interessa que a pecha de "terrorismo" recaia sobre os árabes. Para quem não sabe, o terrorismo no Oriente Médio começou com os sionistas, que após o apoio inicial dado pela Inglaterra, se voltaram contra ela, pois a administração britânica tentou impor um controle no número de imigrantes judeus para a Palestina, pois os números da imigração estavam indo muito além das cotas previstas. Os sionistas reagiram explodindo um hotel - Hotel Rei Davi - que servia de Prédio de Administração britânica em Jerusalém. Os palestinos, por sua vez, dizem que o retrato é fiel. Os árabes, em geral, apresentam Israel como o grande vilão da peça, usando-o como espantalho para desviar a atenção das péssimas condições de vida de suas populações, pois são todos países com condições semi-feudais, cujas classes dirigentes florescem, enquanto o povo padece. Minissérie eletrizante em 4 partes, traça um paralelo entre a Israel de 1945 e a de hoje, vivenciado por avô e neta ingleses, respectivamente. Como a história do país é sangrenta, tem ação (explosões, crimes, espionagem, vingança, paixões, terroristas judeus e árabes com o mesmo intuito: conquistar a Terra Santa) no passado e no presente. Aliás, não para, é lá e cá, e quando estamos lá queremos ver o que está acontecendo cá. Edição perfeita e mescla de ritmo ação/drama, palmas para o diretor Peter Kosminsky (especialista em dramas) que mandou muito bem. Há tempos não via uma mini histórica tão boa, faz lembrar Exodus de Leon Uris, pelo clima e não a parte política da história, porque é ficção, romance que contém fatos históricos e atualidades, se o prisma beneficia os palestinos, paciência, o que interessa mesmo é o drama histórico narrado em suas várias fases. Cenas marcantes de Bergen-Belsen no início e um giro completo pelo equívoco cometido pelos colonizadores ingleses na época da criação do Estado de Israel. As ações do Irgun (terroristas judeus) e os Mártires de Al-Aksa (terroristas árabes) cada um a seu tempo, mas mesmo objetivo: aniquilar o inimigo. História envolvente que fará todos grudarem na telinha durante as próximas semanas. Por outro lado, a série em boa hora convida a refletir sobre os acontecimentos recentes do Oriente Médio. Os regimes árabes mais sangrentos e atrasados, como Egito e Líbia, estão sendo modificados pela revolta popular que não tolera mais tanto as péssimas condições sociais de vida como os regimes ditatoriais de seus respectivos países. Temos visto como a Internet tem tido papel importante na agregação das forças revoltosas e articulação dos movimentos insurrecionais. Agora, a Síria já se vê ameaçada de revolução e tudo leva a crer que a queda dos regimes mais corruptos e despóticos poderá ocorrer numa espécie de efeito dominó. O quadro político em todo o mundo árabe poderá sofrer uma modificação intensa. Os regimes que lhes sucederão serão talvez mais flexíveis em busca de um modus vivendi com Israel? Ou, os mais de 60 anos de doutrinação anti-israelense e o liame religioso, farão com que estes novos governos árabes sejam ainda mais agressivos em relação à presença israelense? Como dizia Toynbee: "A História está em movimento, novamente". Quem viver verá!
RMVB
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