Lojas KD, Mais Barato, Sempre!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Bruna Surfistinha


Pouco antes de fazer 18 anos, Bruna "Surfistinha" fugiu de casa para se tornar uma garota de programa. Passou 3 anos recebendo em sua cama homens (e mulheres) diferentes e satisfazendo fantasias muitas vezes inconfessáveis. Parte das experiências sexuais e pessoais ela dividiu com os leitores de seu blog. O diário se tornou conhecido e rendeu fama repentina à sua autora. Particularmente, acho ridículo o enxame criado em torno das "façanhas" descritas pela blogueira. Marie-Therése (não me lembro se é assim que se escreve) já contara suas experiências como prostituta no Les Temps Modernes, quando Sartre ainda "pegava" Simone de Beauvoir! Mas, parece que, graças às forças da globalização, o Brasil finalmente entrou na verdadeira trilha do capitalismo - antes, tínhamos um arremedo de capitalismo -, onde tudo se converte em mercadoria, até merde, segundo um conhecido bispo brasileiro... Entramos na fase em que as pessoas tentam desesperadamente encher o vazio dos bolsos e da vida com os mais baixos expedientes (putaria no BBB, nú nas revistas masculinas, etc). Normalmente, dois objetivos costumam ser alcançados. Um, é a grana almejada pelos arrivistas despudorados e inconsequentes, o outro, é torrar a paciência dos que ainda tem um mínimo de senso crítico. Vejamos, ao menos, se a produção-direção buscou algum sentido "filosófico", "psicológico" ou "sociológico" na narrativa ou apenas explora o aspecto putaria, com a linda Deborah Secco servindo de "carne" no repasto antropofágico.
AVI
PORTUGUÊS

Megaupload


3 comentários:

Anônimo disse...

Correto, Alborges! Além de torrar a paciência dos que preferem ver algo que se assemelhe, mesmo que parcamente, a um programa mais "educativo" na TV/Cinema, sem tanta apelação, basta lembrar que este tipo de enfoque já foi explorado, com maestria, sensibilidade e uma boa dose de denúncia social, por mestres da literatura mundial, como Gustave Flaubert, com seu Madame Bovary, D. H. Lawrence, com O Amante de Lady Chaterley, Daniel Dafoe, com Moll Flanders, etc. Pelo menos isso é, verdadeiramente, arte, não uma "Bruna Surfistinha" da vida! Sabe qual vai ser um dos resultados mais expressivos do filme? Um monte de garotinhas vão pensar (e pior, por em prática) em iniciar um "empreendimento" nos moldes do filme, esperando, mais para a frente, tb pegar carona no sucesso de Bruna, lançando seus próprios "diários". Isso tudo é resultado de cerca de 14 anos de ditadura brava, seguidos de um período democrático caracterizado mais pelo assalto à bolsa do pobre do que de busca de solução para os gravíssimos problemas que atrasam nossa Terra dos Bruzundangas! De Gaulle estava certo sobre o Brasil... Fernando Luiz

Alborges disse...

Pois é, Fernando! Nestes tempos de comunicação instantânea, não só no Brasil, mas no mundo todo, as pessoas se interessam demasiado pela vida sexual dos outros. A partir de episódios escandalosos como o de Monica Lewinsky (claro, que teria maior repercussão, uma vez que envolvia o Presidente dos EUA), a busca desenfreada por escândalos sexuais parece ser uma forma histérica de lidar com a própria sexualidade insatisfeita ou coisa assim. Num mundo "moderno", de sexualidade liberada, o assunto não deveria render tanto interesse. Acredito que seja mesmo crise de identidade. As antigas âncoras psicológicas do homem como a comunidade, a família, o idealismo(religioso e filosófico) foram sendo estilhaçados paulatina e inapelavelmente a partir da Revolução Industrial e Científica, e deixaram as pessoas "órfãs". De identidade, a maioria só tem a carteira, mesmo.

Alborges disse...

OOOps, estilhaçadas (âncoras).