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terça-feira, 11 de maio de 2010

Um Dia de Cão


Clássicos do Cinema - 1975
"Um Dia de Cão" (Dog Day Afternoon) aborda um acontecimento real, ocorrido em 22 de Agosto de 1972. Um assalto em um banco no Brooklyn chama a atenção da mídia e transforma-se em um show com uma enorme audiência. Era um roubo que teoricamente duraria apenas dez minutos mas, após várias horas, os assaltantes estavam ainda cercados com reféns dentro do banco. Sonny (Al Pacino), o líder dos assaltantes, planejou conseguir dinheiro para Leon (Chris Sarandon), seu amante homossexual, fazer uma cirurgia de mudança de sexo. Sonny e Sal (John Cazale), seu companheiro de assalto, são tão ingênuos como assaltantes que seu planejamento praticamente não existe, eles não pretendiam ferir ninguém e nem sabiam exatamente como roubar um banco. Deles emana somente, pelo lado de Sonny, o drama humano de uma relação amorosa condenável pela sociedade da época de forma muito mais intensa do que hoje e, da parte de Sal, um tipo sombrio, de comportamento misterioso, do qual nem ao menos conseguimos saber por que se envolve na tentativa de roubo. Um tipo de ser humano que não sabemos exatamente por que se torna naquilo que se torna. Enquanto tudo se desenrola, a multidão apóia e aplaude as declarações de Sonny e se mostra contrária e até hostil ao comportamento da polícia. Com uma montagem ágil e a ausência de música, normalmente utilizada para enfatizar a dramaticidade dos acontecimentos, "Um Dia de Cão" é um filme que não se utiliza de efeitos especiais ou violência extremada. Não há velocidade de movimentos, nem reviravoltas inesperadas. Não conseguimos desviar os olhos da tela e das magistrais atuações de Al Pacino (indicado ao Oscar de Melhor Ator, neste ano, novamente, como já fora com sua atuação em "O Poderosos Chefão" e "Serpico" e do altamente promissor, John Cazale, que morreu de câncer no estômago, poucos anos depois, tendo atuado em apenas oito filmes. Existe em "Um Dia de Cão" uma delicada e laboriosa construção que parte de umas poucas informações esparsas (não se entende exatamente o que está acontecendo, no começo) e, gradualmente, a mente do espectador vai montando a figura maior, com o ajuntamento lento e linear dos fatos e informações. Não que a compreensão seja dada de bandeja, mastigada como é costume em Hollywood, ela é conquistada pela inteligência e atenção do espectador. Sem os apelos experimentais de seus colegas inovadores dos anos 70, Lumet criou, a partir de um evento da vida real, mais uma obra-prima do cinema, como fizera, dois anos antes, juntamente com Al Pacino no clássico policial "Serpico". O longa foi nomeado ao Oscar de Melhor Filme de 1976. Embora não tenha ganho, este grande drama, que tornou-se um grande clássico do cinema, venceu como Melhor Roteiro Adaptado. Teve ainda as indicações de Melhor Ator (Al Pacino), Melhor Ator Coajuvante (Chris Sarandon), Melhor Diretor (Sidney Lumet) e Melhor Montagem. Al Pacino foi contemplado com o prêmio de Melhor Ator no Bafta - 1976 (o equivalente britânico do Oscar).
RMVB
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