Kristen (Liv Tyler) e James (Scott Speedman) estão em férias e se hospedam em uma casa afastada da cidade, onde passam a ser ameaçados por três perigosos homens mascarados. O quê? Again? De novo? Tema batido? Dejà Vu? Bem, assim como as profundezas da alma nunca estão superlotadas, também não é tarefa nada fácil encontrar filmes com roteiro e realização realmente artísticos. Filmes dotados de essência própria, para além do mero produto de consumo coletivo, isto é, aqueles que nos fazem tomar consciência de algo que sabíamos, mas de forma fragmentária e incoerente, tornando-o (o conhecimento) repentinamente uno e inconsútil ou - ainda mais raro - aqueles que desvelam uma parte da realidade da qual não tínhamos a menor consciência, clarificando o que parecia oculto e díspar, mostrando sua essência clara e evidente, como a aletéia grega, "desocultação", o princípio da filosofia, uma revelação enfim realizada, sub specie aeternis. Bem, tal tarefa (encontrar em grande número filmes assim) seria recusada até mesmo por Diógenes de Sínope (Διογένης ὁ Σινωπεύς), o qual certamente preferiria continuar sua cansativa busca de um homem honesto, enquanto eu, como mero alquimista (só no nickname), preferiria, talvez, tirar leite de pedra ou aceitar o trabalho de Sísifo, pois, ao menos estaria já ciente da impossibilidade, enquanto a busca de verdadeiras obras de arte na chamada "Sétima Arte" exige uma precisão ocular digna de uma águia que os meus míopes e cansados olhos realiza cada vez com mais dificuldade, tanto pela minha ineficiência biológica como pela raridade do objeto ansiosamente buscado...
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