O Exército do Extermínio

Clássicos do Terror - 1973

"O Exército do Extermínio" mostra a contaminação de uma pequena cidade - Evans City - no interior dos Estados Unidos, por meio de um acidente com um avião que carregava uma arma biológica altamente secreta. O agente biológico liberado leva os infectados ao estado de loucura em diferentes estágios graduais. Numa primeira etapa, o doente apresenta um comportamento descontrolado com alto grau de agressividade. Posteriormente, já mais debilitado, pode mostrar sinais de lerdeza e passividade como as de um drogado que tenha feito uso de algum intorpecente altamente letárgico. Ao final, não resta uma gota de sanidade e comportamento lógico e a morte é iminente. Normalmente, antes de morrer, o infectado poderá ter levado muitos consigo, dado o grau de desordem psicótica que o acomete e que o leva a agredir repetida e incontrolavelmente qualquer pessoa com a mais intensa das fúrias. Para impedir o espraiamento da contaminação, o Exército entra em ação, isolando completamente a cidade. Mas os habitantes de Evans City, uma pequena cidade na zona rural, são aquele típico americano do interior que acredita firmemente, como estabelecido nas leis do País, que tem o sagrado direito de possuir armas de fogo e, descontentes com o método de controle imposto, vão usá-las, na tentativa de fugir à contaminação ou ao aprisionamento. Neste clima, o filme apresenta, como parte marcante do make-up de George Romero, cenas intensamente banhadas em sangue, estilizadas ao mais alto grau, descrito de forma precisa por Ronald Perrone, no blog Dementia 13: "Mesmo trabalhando com recurso financeiro baixíssimo, Romero realmente consegue recriar toda situação catastrófica com uma simplicidade genial, o mesmo universo que remete a seus filmes de zumbis, com cenários desertos e atmosfera aterrorizante, uma vez que, assim como em seus zombie movies existe a iminência de que algum personagem se transforme em algo que ele não é, no caso de THE CRAZIES, em um maluco contaminado. Sem contar as várias sequências viscerais que o diretor faz questão de utilizar para reforçar o impacto. Tudo banhado a muito sangue e com violência gráfica, o qual não poderia faltar de jeito nenhum na definição dos elementos que compõe o cinema de George Romero. Aposto minha melhor camisa que essa releitura [Perrone refere-se à refilmagem de "The Crazies" - 2010, postado a seguir, Alborges] não vá acrescentar em nada a esta belezura aqui. Se conseguirem ao menos captar a essência, teremos algo bem divertido talvez..."

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