Adriana é uma estudante universitária que cansa de sua vida e quer simplesmente ir embora. Mas, antes disso, ela deve terminar seu namoro com o também estudante Antonio , e ambos têm apenas uma hora para conversar e fazer o balanço - bem humorado de suas vidas. A partir de uma premissa simples como essa, um filme muito bom nos é dado a conhecer. Não é nenhuma super obra-prima, não é perfeito do ponto de vista técnico (no Brasil, qual é?). É realista, mas no sentido comum. É, antes e acima de tudo, uma história que podia ser a sua, a minha, de qualquer brasileiro ou brasileira. É, algumas vezes, séria, é cômica e, às vezes, ousada. Érica Mader ("O Maior Amor do Mundo", "Mandrake", "Podecrer") e Gregório Duvivier ("Podecrer", "À Deriva", "Mandrake") dão conta do recado, sem espaço a questionamentos sobre suas atuações, sóbrias, completas, assumindo personagens como coisa vivida e não como roupas temporárias. Por isso, a trama flui muito bem, especialmente nos diálogos em flashback, sobre seu namoro, suas aventuras, alegrias e decepções. O diretor e roteirista, Matheus Souza, conseguiu produzir um filme sem aquelas pretensões "filosóficas" ou "sociológicas" de outros tempos, nem o comercialismo barato das comédias de olho na bilheteria ou sobre favelas e violência policial, marcas registradas do cinema nacional. Fez, o que ninguém jamais havia feito, no Brasil. Mesclou os elementos melhores da cultura pop de uma época, da vida real de uma geração e a colocou numa história de forma equilibrada e atraente. É diferente, despretensioso e gostoso de ver. Pode assistir sem susto...
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