Livro do antropólogo Luiz Eduardo Soares, juntamente com os policiais, André Baptista e Rodrigo Pimentel, que deu origem ao filme nacional de maior bilheteria no ano de 2005. O dia-a-dia do grupo de policiais do BOPE - Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Estado do Rio, particularizando o drama pessoal do capitão Nascimento, cuja mulher está grávida, fato que o coloca frente à responsabilidade pelo futuro do filho que está para nascer e o faz sentir a necessidade de deixar a corporação, que trava os mais perigosos combates contra a marginalidade da cidade. Dividido entre o dever de sobrevivência do futuro pai e o dedicado profissional que coexistem conflitivamente dentro de si, Nascimento tenta encontrar um substituto para seu posto. Paralelamente, dois amigos de infância se tornam policiais e se destacam pela honestidade e honra ao realizar suas funções, se indignando com a corrupção existente no batalhão em que atuam. Ao contrário do que já foi dito, o filme não glamouriza a violência policial, antes mostra as limitações do alcance da ação policial, dentro de um quadro social de ausência estatal, bem como os defeitos intrínsecos que tal ausência acarreta à uma corporação anti-criminal que acaba se tornando mal organizada, mal remunerada e devastada pela infeficiência e corrupção.
Baixar Elite da Tropa
Um comentário:
Baixei e vou ler este e-book, pois considero extremamente importante separar o joio do trigo. É comum os pascácios de plantão acusarem a polícia de tudo o que é tipo de crime, corrupção e violência. Entretanto, se esquecem que por trás daquela farda, revólver e cassetete existe um ser humano que ama, odeia, ri e chora como qualquer um de nós. Existem os abusos? Existem. São a regra ou a excessão? Para respondermos a essas questões precisamos estar bem inteirados dos fatos, de modo a não cometer injustiças. Um policial, do Bope, da PM, etc., cada vez que sai de casa para o trabalho não sabe se volta. Encarado como pior que os próprios bandidos pela maioria da população, o policial fica dividido entre o dever e o temer, entre o orgulho de trabalhar para a corporação e o medo de revelar sua condição de policial, por causa de represálias e emboscadas. A tensão dos policiais deve estar entre as mais altas do mundo em termos de trabalho, comparável apenas a campos de guerra, comono Afeganistão ou Iraque. Embora, claro, seja, também, um tipo de guerra o que eles enfrentam em seu dia a dia. Ler, com isenção e mente aberta, livros de conteúdo comprovado sobre o dia a dia desses servidores públicos é a forma mais correta e justa de saber a verdade sobre eles. Li, anos atrás (e vi o filme), Estação Carandiru, sobre a vida e morte dos mais de 100 detentos massacrados pelas forças de repressão de São Paulo naquela unidade prisional. Ali se percebe que se encontravam seres humanos como nós, que cometeram seus erros, sim, como todos nós, mas que também possuíam/possuem suas virtudes e código de honra, e que são, acima de tudo, seres humanos. Com os policiais também ocorre o mesmo. Vamos tentar conhecê-los primeiro, para depois criticá-los. Para isso, precisamos de dados confiáveis. Este Elite da tropa pode ser um bom começo.
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