Neste western especial, temos a marca característica de Clint Eastwood (com alguma herança de Sérgio Leone). Um herói cuja origem não é explicada, não há background ou flashback de sua vida anterior. Neste filme, especificamente, o herói aparece como uma espécie de anjo, mas exterminador, que surge para tornar realidade um sonho de uma criança adolescente que o convoca em meio à adversidade. Sendo um western, é um filme que se baseia em determinados esquematismos. Os maus são corruptos, tomaram conta da cidade e, novidade, não respeitam a terra (um toque ecológico) utilizando tecnologia “pesada” para procurar ouro. Neste caso, um grande proprietário mineiro, Coy LaHood (Richard Dysart). Enquanto os pobres mineiros comuns continuam a peneirar e a martelar com os instrumentos básicos. O "Pregador" chega e transmite-lhes a força e a resiliência da união. LaHood, então, contrata um MArshall que é um assassino profissional e os seus cães de fila, homens habituados a trabalhar para quem lhes paque mais. E LaHood paga em ouro. O Pregador, não tendo ouro, só pode oferecer aos pistoleiros uma coisa: chumbo - na forma de balas. O duelo final é uma recorrência do estilo Leone,: um herói sozinho contra sete, mas vários truques e jogos de câmara vão diminuindo a desvantagem até ficar só o "Marshall" (Delegado Federal) Stockburst, que morto será com o mesmo desenho de balas que o “Pale Rider” transporta no dorso, mais uma na testa, a selar o destino. Este western é frio como a lindíssima paisagem do norte americano a realçar as adversidades. No fim nada está ganho. Mas morreu quem tinha que morrer, e o coração de duas mulheres ficou mais quente, e a dignidade de uns quantos recuperada. Um milagre, ontem como hoje.
RMVB
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