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domingo, 10 de maio de 2009

Pretty Baby


Drama dirigido por Louis Malle e baseado em história do próprio diretor e de Polly Platt. "Menina Bonita" foi o primeiro filme do cineasta francês dirigido nos Estados Unidos e causou polêmica ao ser a primeira obra em Hollywood a mostrar uma pré-adolescente nua (Brooke Shields - "A Lagoa Azul", "Amor Sem Fim", "Black and White"). Como em "Le Souflle au Coeur" e "Lacombe, Lucien", Malle continua abordando a questão da corrupção de jovens crianças pelo meio social circundante. Em "Pretty Baby", Malle aborda a prostituição infantil, um tema tabu, que não era - na época -, nem é, ainda hoje, considerado de bom tom. Como se não falar sobre determinado problema fosse o mesmo que ele não existir. Apesar da ousadia de Malle em transpor barreiras no trato das questões, notadamente, relacionadas a comportamento sexual, o filme em si é um tanto sem vigor, lento, beirando, em certos momentos, o tédio. Brooke Shields, como estreante no meio, vai bem no papel, prometendo, na época, tornar-se melhor do que realmente se tornou, em função de desvios na carreira, explorada de forma demasiado comercial, especialmente como modelo. A competência mostrada em "Lacombe, Lucien" não se repete neste filme. A solução do conflito, através de um happy ending medíocre, - o casamento da menina com o fotógrafo - diminui em muito o impacto do filme. A história se desenrola, no ano de 1912, na cidade de New Orleans (uma das cidades mais "Sodoma e Gomorra" dos EUA). Violet, a filha de uma prostituta é criada em um bordel, onde cuida do seu irmão e se prepara para seguir os passos da mãe. Com doze anos de idade, ela tem sua virgindade leiloada, a mãe se casa e a abandona, e a menina casa com um fotógrafo bem mais velho do que ela. Falando em fotografia, a do filme não podia ser melhor, confiada às competentes lentes de Sven Nykvist, embora seu estilo, aliado ao de Malle, contribua para a sensação de lentidão que o filme provoca no espectador. Se demos a impressão de que o filme é ruim, não é verdade. É, como quase todos os filmes de Louis Malle, uma obra de arte imperfeita. Os defeitos não eliminam as qualidades - embora as relativizem - e o balanço, em Malle, sempre é favorável. Embora nem sempre Malle dê plena conta do recado, sua ousadia temática e seu enfoque humanista, livre de peias ideológicas, quase sempre chocam os bem-pensantes e lhe garantem a condição de artista, num meio em que a maioria de seus pares apenas posam como tais. Quantos diretores produzem obras de arte e resistem a prova do tempo?
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Senha: shields

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