Clássicos do Cinema - 1994
Baseado numa história de Stephen King ("The Shawshank Redemption"), "Um Sonho de Liberdade" conta a história de Andy Dufresne (Tim Robbins - "Ameaça Virtual", "O Suspeito da Rua Arlington" e "Sobre Meninos e Lobos", sendo que este lhe rendeu o Oscar de melhor ator coadjuvante de 2003), um banqueiro que era traído pela mulher. Quando sua mulher aparece morta, juntamente com o amante, Dufresne é considerado o principal suspeito. Preso e julgado com base em provas circunstanciais, é condenado à prisão perpétua e vai cumprir pena numa penitenciária estadual: Shawshank State Prison. Na verdade, Andy é uma boa pessoa e inocente do crime. Na prisão, fará amizades com as melhores pessoas lá encarceradas, como Red (Morgan Freeman - "Beijos Que Matam", "Os Imperdoáveis", "Jogo Entre Ladrões", "Seven - Os Sete Pecados Capitais"). O banqueiro encontra algum alívio e esperança em meio ao desespero na amizade de Red. Esta amizade vai se fortalecendo constantemente e os ajuda a suportar a cruel realidade do dia-a-dia. Dufresne é um homem educado e sensível, além de muito inteligente. Para aumentar o seu sofrimento e desespero, Andy tem, por um lado, a violência predatória de alguns homossexuais do presídio e, por outro, infelizmente, para sua inteligência, conhecimentos e habilidades extraordinárias, o diretor da prisão encontra uma aplicação curiosa: forjar despesas, recibos, notas fiscais, desviando dinheiro e superfaturando os gastos do presídio. Todo o dinheiro é depositado em diversas contas, em diferentes bancos da cidade, criadas com identidade forjada. Depois de vários anos encarcerado, Andy foge, uma noite, através de um túnel construído com um martelinho de escultura (a parede por onde Andy encontra a liberdade foi feita com um tipo de areia que se esfarelou com o tempo, tornando-a extremamente suscetível ao escavamento com instrumentos simples). Nem mesmo seu mais próximo amigo, Red, tinha a menor idéia de que seu amigo havia planejado e executado. Isto mostra a capacidade superior deste homem, que pôde, em relativamente pouco tempo, construir uma plano de fuga perfeito, que lhe permitiu ter tempo suficiente para sacar o dinheiro desviado e enviar as provas condenatórias ao FBI, fazendo com que o Diretor tenha sua prisão decretada (mas este preferiu se suicidar à enfrentar a prisão). Andy Dufresne teve a presença de espírito necessária para recuperar parte do que o sistema lhe tomou injustamente, indo desfrutar a "indenização por perdas e danos", por assim dizer, na criação de uma empresa de passeios de barcos no México. Andy deixou escondido uma quantia de dinheiro para que, se seu amigo Red tivesse a chance de sair da prisão, pudesse ir ao seu encontro e tornar-se seu parceiro no negócio. O que acontece, quando Red, finalmente, alcança a liberdade condicional: apanha o dinheiro deixado por Andy e vai ao seu encontro, no México. O filme aborda alguns ângulos não muito trabalhados nos filmes sobre o tema prisão, como, por exemplo, o fenômeno comum de que, com o passar dos anos, o prisioneiro se torna outro tipo de prisioneiro: da rotina, dos códigos internos, da disciplina imposta e, muitas vezes, auto-imposta, da vida em prisão, tipificado no suicídio do personagem Brooks, o qual não "suportou a liberdade" e, em parte no próprio Red, que foge do mesmo destino de Brooks, violando a condicional e indo ao encontro de Andy. Certamente, um dos mais apreciados filmes sobre prisão e um dos filmes mais lembrados pelos amantes do cinema.
AVIDUBLADO
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2 comentários:
Olá Pessoal!
Fiz questão de comprar o DVD deste filme. Não há o que falar! É um filme muuuito legal. Adoro Morgan Freeman! E Tim fica melhor a cada filme! Quem ainda não viu não sabe o que está perdendo. Só não concordo com a parte da resenha que diz que Andy arquitetou a fuga em pouco tempo. Lembrem que, desde o momento em que decidiu colocar um poster (de Rita Hayworth) na parede, ele já sabia que a parede era vulnerável. Ele começou a cavar tão logo Red conseguiu contrabandear aquele martelinho para dentro da prisão. Foram vários anos de escavação noturna para abrir o buraco. No período de dois meses que ficou na solitária ele deve ter aproveitado para aperfeiçoar seu plano e achar uma forma não apenas de fugir, mas também de ferrar o diretor.
Até mais!
Tem razão, Fernando Luiz. Ficou meio estranho esse "pouco tempo", embora relativizado no nosso texto, já que Andy só pôde arquitetá-lo após a constatação da fragilidade da areia. Realmente, ele já tinha um bom tempo de prisão, mas assim que descobriu a dita fragilidade, o plano já se delineou em sua mente brilhante!
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