Equilibrium

No futuro, após uma 3ª Guerra Mundial, para evitar uma nova e definitivamente aniquiladora guerra, a humanidade passa a ser controlada por uma forma de partido político-seita religiosa (O Clero Grammaton) que através de drogas e doutrinação massiva, consegue suprimir os sentimentos do seres humanos. As pessoas agem dentro de um estrita ordem e lógica impostas pela doutrinação. Um dos encarregados de investigar ações proibidas é o clérigo ("priest", no original) John Preston (Christian Bale). A simples posse de objetos de arte, livros e animais domésticos é punível com a pena de morte pela Lei. A arte é o elemento mais temido e perseguido pela autoridades, pois ela, por sua natureza intrínseca, desperta sentimentos e libera o pensamento, o que é intolerável para qualquer regime totalitário. A morte do companheiro de trabalho e amigo, Partridge (Sean Bean) - o qual havia parado de tomar a droga (Prozium) e passa a ler livros escondido -, sendo descoberto pelo próprio Preston, faz com que este começe a questionar a ordem de coisas, inicialmente, apenas pela curiosidade acerca das razões que levaram um dos mais fiéis e eficientes clérigos que conhecera a adotar esta atitude rebelde... Preston, acidentalmente, deixa de tomar sua pílula diária e começa a "sentir", sendo fortemente impressionado pela cremação (a punição para os crimes capitais naquela sociedade) de Mary (Emily Watson) pela posse de itens proibidos. O mesmo já acontecera, anteriormente, com sua mulher, mas, na época, não "sentira" nada. Isto irá aproximá-lo da Resistência e tornar-se um agente duplo, disposto a derrubar o regime totalitário implantado. Ele terá que ter cuidado com o jovem e ambicioso agente, Brandt (Taye Diggs) que passa a desconfiar de seu comportamento, depois de Preston parar de tomar o Prozium. A estória tem alguns pontos comuns com antecedentes literários como "1984" de George Orwell, "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley e, especialmente, "Fahrenheit 451" de Ray Bradbury, os quais se tornaram filmes. As cenas de ação que não apresentavam grandes novidades desde "Matrix" são diferentes e muitíssimo bem estilizadas - motivo pelo qual, o filme foi comparado a "Matrix" -, mas, estilisticamente, não se pode descartar, igualmente, um certo parentesco com "Ultravioleta", especialmente, nas lutas de Preston contra vários oponentes simultâneos.

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